quinta-feira, 9 de julho de 2009

O genocídio ocorrido em Ruanda, precisamente em 1994, foi tão absurdo, tão triste, tão covarde, porém tão pouco lembrado, pouco comentado. Só se passaram 15 anos dos fatos, e foi pouco discutido nas escolas, e foi uma parte importante da História mundial, infelizmente um página de muito sangue, injustiça e muita dor. E sei também que naõ foi o primeiro e nem o último, mesmo porque neste momento há batalhas travadas no continente africano.
Não consigo entender como algo tão terrível pôde acontecer diante dos olhos de todo o mundo e todos se fecharem para isso, inclusive a ONU(Organização das Naçoes Unidas), sendo que esta luta sangrenta e covarde teve como responsável indireto os seus colonizadores que foram os Franco-Belgas. Antes da colonização, as tribos viviam na medida do possível em harmonia, viviam em paz, cada uma cuidando do que a sua tribo tinha como especialidade, uma cuidava do campo, outra cuidava do gado, e assim eles seguiam há milênios fazendo troca de mercadorias para sobreviver.
Na chegada dos colonizadores eles atribuíram privilégios e cargos de comando apenas a uma restrita elite dos Tutsis ( uma das várias tribos existentes em Ruanda), despertando um ódio crescente nos Hutus (outra tribo), que amargavam essa preferência, alimentando um rancor mortal e perigoso, uma bomba relógio pronta a explodir.
E foi que o aconteceu com a saída dos colonizadores, os Hutus começaram a colocar pra fora um ódio contido há tempos e viu uma oportunidade para tirar os Tutsis do poder dado pelos colonizadores, as milícias formadas por bandidos, revolucionários começaram seu extermínio e pasmem em apenas três meses, quase oitocentas mil pessoas tiveram suas vidas ceifadas.
Há quem diga que houve uma relutância da ONU e, por extensão os Estados Unidos a agir, porque na época do massacre, eles ainda amargavam as consequências de sua humilhante intervenção na Somália, em que membros de milícias arrastavam corpos dos soldados americanos pelas ruas. Esta situação talvez tenha tornado o governo norte-americano relutante em se envolver em outro conflito africano.
O genocídio apenas acabou quando a Frente Patriota Ruandesa do então presidente Paul Kagame, entrou na capital do país, Kigali.
Neste cenário de dor imensurável, houve alguém que fez o que pôde para fazer a diferença pelos Tutsis oprimidos, foi o gerente de um hotel Belga que tinha amigos na diretoria deste hotel, e conseguiu salvar alguns poucos Tutsis, já que sua esposa era uma e ele era um Hutu, mas tinha saudade dos tempos que todos viviam em paz...
recomendo um filme para uma maior compreensão " Hotel Ruanda"...
recomendo também uma busca no google por este assunto, e nas imagens também, só de antemão revelo que são fortes...
Escrevi tanto assim , mas acredite resumidamente, porque como graduanda de História sempre me deparo com o drama e as tragédias da humanidade, que me tem feito reflitir o quanto nosso país é abençoado, o quanto o nosso povo é pacífico, e o quanto precisamos orar por nossos irmãos em todo o mundo.
Essa história que narrei, não é ficção é realidade, e glória a o nosso Deus por isso nunca vivemos dias de tanta dor, pelo menos a nossa geração não.
"Bem-aventurada é a nação cujo Deus é o SENHOR, e o povo ao qual escolheu para sua herança"
SALMOS:33:12 Loren Diniz

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